Alianças de casamento: faça você mesmo
Dezembro 3, 2019
Fotografias: Nomera Jewellery
Entrevista e texto: Sandra M Gomes
Se quiseres que as tuas alianças de casamento sejam personalizadas, podes encomendar a uma designer de joias ou, melhor ainda, junta a tua team - tu e o teu noivo-, arregacem as mangas e mãos à obra: façam as vossas próprias alianças. Depois inspirem-se nestas ideias giras para guardar as alianças de casamento.
Vamos então ficar a conhecer um pouco melhor como podes concretizar esta ideia de executar as tuas próprias alianças. No ateliê Nomera Jewellery, sediado em Cacilhas, Almada, as portas estão abertas para vocês. Se tiverem uma ideia, mas não souberem ao certo se pode ser executada, falem com a gestora do espaço e designer Nomera Ajmal que poderá ajudar-vos.
Tenham em conta os prazos. Caso queiram encomendar o anel de noivado para o grande pedido de casamento, salvaguardem um período que varia entre os 3 e os 6 meses; mas no caso das alianças para os noivos pode ser um pouco mais curto e variar entre os 3 e os 4 meses. Se forem vocês a desenhar e executar poderá demorar um pouco mais ou um pouco menos. Acima de tudo, divirtam-se na tarefa e deixem o stress fora de portas.
Nós estivemos à conversa com a Nomera Ajmal, criadora da marca Nomera Jewellery, para que a conheçam melhor, as suas inspirações, e opiniões sobre a joalharia de casamento. Da marca Nomera Jewellery esperem ver uma coleção por ano, assim como trabalhos altamente personalizados criados em ligação direta com os clientes.
A designer tem as suas origens no Reino Unido, mas tem viajado pelo mundo. Há cerca de dois anos escolheu Portugal para estabelecer o seu ateliê porque “se apaixonou pela beleza deste país”. E quem não se apaixona? Por exemplo pelos cafés de Lisboa, por onde Nomera adora ir para tomar café com amigos e família. Ela é ainda uma amante de ioga – para manter o foco -, de leitura e fã de filmes e documentários. E, claro, de viajar para novos lugares! Para não falar na comida!
Leiam as respostas a seis perguntas colocadas à designer de joias Nomera Ajmal, sediada em Portugal, e que trabalha também para o setor dos casamentos.
1 - Adoramos contar estórias, sabemos que todos têm uma estória para contar. Vamos começar pela sua.
Então, a minha formação é em moda, estudei na Manchester Metropolitan University. Durante quase uma década, trabalhei como designer de marcas de “fast fashion” e de rua. Isso deu-me a oportunidade de viver, trabalhar e viajar em diferentes países. Até agora, Portugal é o meu quinto país a que chamo casa. Os outros lugares em que vivi foram o Kuwait, Dubai, Pequim e Hong Kong. A minha transição da moda para as joias aconteceu enquanto eu morava em Hong Kong, numa altura em que perdi o meu emprego, houve uma bênção disfarçada. Eu também estava num ponto da minha carreira em que me consciencializei dos danos ambientais causados pela mesma indústria em que eu estava a trabalhar. Essa foi uma das muitas reavaliações que contribuíram para a minha decisão de iniciar a minha própria marca de joalharia.
Porquê joias? Esses belos objetos podem ter um forte valor sentimental, o que os torna muito especiais. As joias também têm uma vida útil mais longa em comparação com as roupas, os materiais podem ser reutilizados várias vezes, por exemplo, os metais podem ser derretidos e reutilizados repetidamente e as pedras preciosas podem ser transmitidas como herança.
2 - Desde que começou a desenhar e a criar joias o seu trabalho evoluiu certamente. O que nos pode dizer sobre esse processo de evolução?
Comecei a praticar em 2014 no Instituto de Joalharia Hatton, com sede em Hong Kong, que deu início à minha jornada e tenho aprendido desde então. Tenho planos para, num futuro próximo, obter mais formação e treino em escolas de joalharia sediadas em Londres e estou ansiosa para adicionar mais técnicas àquilo que já sei fazer.
Tal como acontece com qualquer artista, designer ou criativo, o trabalho evolui naturalmente. Evoluir requer muita paixão e amor por aquilo que se faz. Praticar durante inúmeras horas, cometer erros e depois tentar novamente até acertar. Isso implica investir muito tempo. Também é preciso aprender a valorizar o próprio trabalho, porque ninguém mais o fará até que o façamos nós primeiro. Essa foi uma lição difícil para mim, mas sou grata por ter um mentor incrível que me ensinou isso.
3 – O trabalho criativo é influenciado por inspirações diversas. Quais são as suas inspirações?
Há tantas para mencionar. Viajar é uma das minhas maiores inspirações. As minhas duas coleções atuais resultaram de culturas e locais que chamaram a minha atenção. Adoro interiorizar e absorver qualquer coisa, desde pormenores visuais, a cheiros, sons ou sabores. Ver formas e cores também é importante para mim. A minha imaginação vai muito mais além quando estou a desenhar a partir de formas, é uma imaginação sem fim.
... e o propósito em relação à sua marca?
O meu objetivo é construir uma marca de sucesso, focar-me em práticas tradicionais, éticas e sustentáveis e retribuir da maneira que puder através do meu negócio. Eu quero lembrar sempre as pessoas que me ajudaram ao longo da minha jornada para atingir o sucesso.
4 - Conte-nos mais sobre o projeto de criar as nossas próprias joias de casamento. Como funciona?
Recentemente, introduzi uma oficina para a criação de joias, onde qualquer pessoa pode aprender o básico da ourivesaria tradicional e criar uma peça de joalharia. Nenhuma experiência prévia é necessária. Neste workshop, apresento ferramentas e equipamentos manuais, seguidos de técnicas simples, como a perfuração, a solda, preenchimento e acabamento. Os alunos podem projetar e fazer um pendente ou um anel em prata de lei, com a minha orientação e mentoria que lhes permitirá adaptar as ideias. Os alunos terminam o workshop com uma joia feita de metal precioso que podem usar com orgulho ou oferecer a alguém especial [um anel de noivado ou alianças de casamento].
5 - Em relação às joias de casamento, como acha que devem ser? Há requisitos a cumprir?
Não acredito que as joias de casamento devam ter um certo estilo ou aparência. Podem ser tão tradicionais ou contemporâneas quanto se goste. Desde que as peças complementem o estilo dos noivos, tudo é válido. O que eu amo em projetos personalizados e feitos à medida é que tudo é possível, sendo a minha paixão criar uma peça especial para os meus clientes, específica tendo em conta o seu caráter e personalidade.
6- Se alguns casais querem fazer as suas próprias joias, com quanto tempo de antecedência em relação ao casamento (ou pedido de noivado) devem entrar em contato consigo?
Em média, pode levar de três a seis meses para desenhar e fazer um anel de noivado; e de três a quatro meses para concretizar as alianças de casamento. Eu proponho sempre um encontro inicial para falar com os noivos ou outros clientes. Em seguida, dou os próximos passos, dependendo das suas necessidades. Acredito que o processo deve ser uma experiência divertida e descontraída, pois pode ser bastante stressante organizar um pedido de casamento ou o próprio casamento.
Marquem o vosso workshop com a Nomera Jewellery para desenharem e concretizarem as vossas alianças de casamento e façam deste um momento único e divertido na vossa estória.
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